SIAMFESP em Ação

SIAMFESP participa do 15º ConstruBusiness

09/11/2023

O vice-presidente, Claudio Lourenço Lorenzetti e o diretor executivo do SIAMFESP, Celso Davi Rodrigues, participaram, no dia 30, da 15ª edição do ConstruBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, que contou com a presença de lideranças setoriais, autoridades e especialistas para tratar de assuntos fundamentais para o setor, como Reforma Tributária, déficit habitacional e investimentos público e privado na infraestrutura.

construbusiness 09.11Para o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, o setor é um dos mais relevantes da economia nacional. “Tem capacidade de gerar empregos, não depende de nenhum produto importado, e tem profissionais capacitados”, diz ele, lembrando que o déficit habitacional no Brasil está entre 5 e 7 milhões de unidades. “As estatísticas variam muito, mas certamente é significativo”, completou.

Josué acredita que a indústria da construção civil tem competência para reduzir este déficit, mas isso implica, segundo ele, redução de impostos, desburocratização e a necessária consonância entre os investimentos público e privado na infraestrutura.

Segundo Josué, a infraestrutura nacional é deficitária porque nas últimas três décadas investiu-se menos do que precisaria. “O capital ligado à infraestrutura no Brasil já atingiu mais de 50% do Produto Interno Bruto, hoje caiu para 35%”, afirmou.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Base (ABIDIB) demostram que o Brasil deveria investir R$ 350 bilhões por ano, durante os próximos 10 anos, para levar o estoque de capital de infraestrutura ao patamar do passado. “É fundamental para que tenhamos uma infraestrutura competitiva, hoje investimos cerca de R$130 bilhões”, acrescentou Josué.

Na indústria de transformação, os investimentos também estão abaixo do necessário. “Temos investido cerca de R$ 260 bilhões ao ano e deveríamos investir cerca de R$ 450 bilhões ao ano para voltarmos a ter a produtividade que já tivemos em relação à indústria de transformação norte-americana”, disse Josué.

A cadeia produtiva da construção representa, aproximadamente, 70% da formação bruta de capital no Brasil. “Para elevar a taxa de investimento, precisamos de uma economia saudável, com taxa de crescimento sem grandes oscilações, além da redução da taxa de juros, algo fundamental”, diz o presidente do Conselho Superior da Indústria de Construção (Consic) da Fiesp, Eduardo Capobianco.

A burocracia é um entrave importante. Pesquisa feita pela Deloitte concluiu que as disfunções burocráticas podem encarecer em R$ 59,1 bilhões os investimentos programados para serem realizados de 2023 a 2025. “A modernização do Estado brasileiro, nos três níveis da Federação, com redução da burocracia, poderá agilizar os investimentos”, afirma Capobianco.

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