Legislação

SIAMFESP e SINDICEL promovem palestra

19/09/2019

Objetivo foi mostrar como prevenir e desmobilizar um  processo de sindicalismo interno

 Palestra greve juntas

O SIAMFESP e o SINDICEL promoveram em parceria a palestra “Greve, como prevenir e desmobilizar um processo de sindicalismo interno”. O evento, realizado na sede do SIAMFESP, na Mooca, reuniu associados das duas Entidades e teve por objetivo ampliar a percepção dos gestores para que, conhecendo os vários tipos de greves, possam identifica-las e agir preventivamente na sua desmobilização.

Durante a abertura do evento o diretor Executivo do SIAMFESP, Celso David Rodrigues, explicou que as Entidades estão em processo de negociação com a FEM-CUT e com o Conlutas Intersindical, mas que o tema é importante em razão das próximas negociações que devem começar em outubro e novembro com a Força Sindical e com o CSB (Centro dos Sindicatos Brasileiros). “É mais para preparar as empresas para possíveis movimentações como as que aconteceram nos anos passado e retrasado. Como o SINDICEL é um Sindicato parceiro, decidimos fazer a reunião em conjunto.”

O palestrante, Wilson Cerqueira, começou falando sobre a “pluralidade”, que segundo ele, vai criar uma concorrência entre os Sindicatos. “Quando tiver a pluralidade os novos Sindicatos virão totalmente liberados, vão fazer um Estatuto e buscar associados dentro das empresas, ou seja, vai ter uma concorrência muito grande dentro das empresas, um movimento muito mais forte Sindical interno que hoje não acontece. Essa quantidade de Sindicatos dentro de uma fábrica vai criar muitos problemas e conflitos com gestores, sistema de produção e qualidade”.

Na análise do consultor, não é oportuno no Brasil criar um sistema de pluralidade. “Se esse conflito hoje ideológico for para dentro da fábrica, com vários Sindicatos, isso pode afastar o capital internacional do nosso país.” Ele explica que a Fiesp, as Confederações das Indústrias e os Sindicatos patronais seguem um modelo de unidade. “Se houver pluralidade e ela entrar no sistema patronal, pode existir outra Fiesp, logo, cada região poderá criar algo patronal e isso pode afetar esse sistema. Não sei como vai ser elaborado o texto que vai criar essa pluralidade, a lei é que vai definir, mas podemos dizer que se houver pluralidade dentro das fábrica, quatro, cinco Sindicatos, a Convenção Coletiva vai ficar vazia, serão só acordos coletivos. Acho que a pluralidade não é conveniente.”

O assessor Trabalhista e Sindical do SINDICEL, Toni Doverson, comentou que a entidade percebeu, durante as greves que aconteceram no ano passado, que os associados não estavam preparados, daí a ideia de criar um evento com esse tema. “Escolhemos o Wilson Cerqueira por se tratar de um grande especialista nessa área.”

A parceria com o SIAMFESP se deu em função das duas Entidades terem a mesma filosofia de trabalho. “A greve é uma coisa que preocupa muito o SINDICEL e seus associados. Toda paralisação preocupa o empresariado de forma geral. Como a greve é um instrumento legal dos trabalhadores, quando o objetivo não é atingido, eles utilizam a paralisação como forma de pressionar o empresário. Logo, existe toda uma tratativa para negociar com os grevistas.”

Fonte: AZM Comunicação