Notícias

A retomada da economia em 2021 tem levado a uma expressiva redução do desemprego, que chegou a 11,6% em novembro de 2021, com recuo de 2,8% em comparação a novembro de 2020. O nível atual da taxa de desocupação já se encontra no patamar pré-crise. Houve aumento da força de trabalho e do pessoal ocupado, tanto formal quanto informal, o que trouxe melhora nas taxas de participação e de ocupação, aproximando-as também de níveis similares ao período anterior à crise sanitária da Covid-19. Esses são os destaques da nota informativa Melhoras do Mercado de Trabalho em 2021 com forte redução do desemprego, produzida pelo Governo Federal, por meio da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, e divulgada nesta segunda-feira (31/01).

Notícia 02.02.22A nota da SPE destaca que a melhora do mercado de trabalho ocorreu mesmo com o forte aumento da força de trabalho. “As pessoas que não estavam procurando emprego ou que gostariam de trabalhar mais buscaram reinserção no mercado de trabalho nesse período e encontraram postos de trabalho. Quando se compara ao mesmo período do ano passado, mais de 6 milhões de brasileiros entraram na força de trabalho”, diz o documento.

O estudo aponta que houve também uma importante redução da taxa de desemprego, devido à criação de 8,4 milhões de postos de trabalho em 12 meses, que absorveu o número crescente dos trabalhadores que estavam fora da força de trabalho. A taxa de subutilização se reduziu de forma acentuada, chegando a 25% em novembro de 2021, nível próximo ao do período anterior à crise do novo coronavírus. E a taxa de pessoas desalentadas está retornando ao valor observado antes da crise sanitária.

A nota registra ainda que a agenda de reformas pró-mercado e o processo de consolidação fiscal têm permitido a manutenção do crescimento econômico sustentável, que possibilitará a elevação da atividade neste e nos próximos anos. “Como consequência, tem-se uma perspectiva positiva para o investimento e continuidade da geração de emprego nos próximos anos, que vão proporcionar a consequente redução da desocupação”, informa o estudo.

Elevação da população ocupada

A nota da SPE constata que o retorno do nível de desemprego para o patamar inferior ao ocorrido entre setembro de 2016 e junho de 2019 ocorreu com forte elevação da população ocupada, mesmo com o aumento da força de trabalho. “Dessa forma, a relevante redução da população fora da força de trabalho, dos desalentados e subocupados, ocorreu graças à adição de quase 700 mil postos de trabalho por mês desde o final do ano passado, considerando o ajuste sazonal. A ocupação cresceu tanto nos postos de trabalho formais quanto informais, assim como se reduziu a subutilização da força de trabalho.”

O expressivo recuo do desemprego é fruto da criação líquida de postos de trabalho de forma significativa, em montante superior ao aumento da força de trabalho que tem ocorrido de forma paralela, afirma o documento. Houve expansão da taxa de atividade (PEA/PIA) e do nível de ocupação (PO/PIA). Segundo a nota, o momento mais crítico dos efeitos da crise sanitária para o mercado de trabalho foi registrado em abril de 2020, quando a taxa de atividade chegou a 56,7% e a de ocupação, a 48,5%. Em outubro de 2021, a taxa de ocupação praticamente tinha recuperado o nível pré-crise, chegando a 54,6%, uma expansão de 6% em comparação ao pior momento em 2020. A taxa de atividade, por sua vez, chegou a 54,6% em outubro, com expansão de 5,4% ante o menor nível na crise. Com a ocupação se expandindo em ritmo maior do que a ampliação do total da força de trabalho, tem ocorrido redução do desemprego.

O avanço na taxa de ocupação é explicado pela expansão do total da população ocupada, que cresceu 3,5% em relação ao trimestre móvel anterior e mais de 9,7% em 12 meses, segundo a PNAD Contínua. Com isso, houve um acréscimo de mais de 8,4 milhões de pessoas ocupadas nesse período de um ano, tanto no setor formal quanto no informal. Utilizando os dados com ajuste sazonal, neste ano foram criados quase 700 mil postos de trabalho por mês. Com a ocupação crescendo em ritmo mais rápido do que o total da força de trabalho (6,2%), novos postos de trabalho são acrescentados de forma líquida.

Setores

A ocupação cresce em todos os setores, na comparação de novembro de 2021 com mesmo mês do ano anterior. O destaque é o aumento de vagas em alojamento e alimentação (24%), serviços domésticos (22%), construção (20%), outros serviços (13,9%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,4%), que cresceram acima da média geral (9,6%). A nota da SPE detalha que, se considerada a participação no total dos 8,4 milhões de vagas criadas nesses meses, os maiores destaque são comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (20,4% do total), construção (14,9%), serviços domésticos (12,2%), alojamento e alimentação (11,9%) e indústria geral (11,2%) que, em conjunto responderam por 70% do total do emprego gerado no período.

O documento ressalta ainda que a melhora no mercado de trabalho também pode ser observada no avanço do emprego explicitado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes à ocupação formal, com expansão da criação líquida de postos de trabalho. Em novembro de 2021 foram criadas cerca de 324 mil novas vagas líquidas, resultando num acumulado de quase 2,8 milhões de vagas em 12 meses.

Fonte: Site gov.br